Doce de Pêssego

Acho que já aqui disse que adoro compotas e que a  minha Mãe fazia as melhores compotas do mundo. Ela costumava fazer doce de pavia, que é uma qualidade de pêssego que se encontra muito em Chaves, na época das vindimas,  e que é a minha segunda compota favorita (a primeiríssima é a de cereja). 

Como não encontro pavias em Lisboa, nunca tinha experimentado fazer.  Há dias, comprei na praça dois quilos de pêssegos de roer, dos amarelos, e como não  lhe estávamos a dar vazão (ele há cerejas, ele há figos, ele há melão...) decidi fazer com eles doce, à moda do doce de pavia, antes que se estragassem. E só vos digo: ficou um doce lindo e delicioso! Fiz com 580 g de pêssegos, pesados depois de descascados e descaroçados, e rendeu um frasco médio e um pequenino. Está bom de ver que vou ter de fazer mais...

Ingredientes

580 g de pêssegos de roer (pesados depois de descascados e sem caroço)
400 g de açúcar amarelo
Sumo de meio limão pequeno
50 ml de vinho do porto
50 ml de água
2 paus de canela
1 tira de casca de limão (só o vidrado)

Preparação

Descascar os pêssegos e partir em pedaços não muito pequenos. 

Colocar todos os ingredientes num tacho, misturar com uma colher de pau, e  levar a lume alto até levantar fervura.

Nessa altura, colocar o lume no mínimo e  ir retirando a espuma que se vai formando (o pêssego não faz tanta espuma como os morangos e as cerejas), e mexendo de vez em quando. Não deve deixar as compota abandonadas por muito tempo, elas gostam de companhia👧

Quando atingir o ponto de estrada, cerca de uma hora depois, desligar e  colocar o doce em frascos previamente esterilizados.

Deixar arrefecer com os frascos fechados e virados ao contrário, para criar vácuo.

Nota: o doce está em ponto de estrada quando retirar um pouco de doce para um prato,  deixar arrefecer um pouco, e ao passar o dedo ou uma colher de pau se formar uma "estrada" que não se une de imediato.